Indecisa, Fifa promete toalhas geladas e paradas técnicas para amenizar calor na Copa

Nem mesmo a Fifa sabe como vai lidar com as altas temperaturas do Brasil durante a Copa do Mundo...



Espanhóis sofreram com o calor na Copa das Confederações (© Getty)

Nem mesmo a Fifa sabe como vai lidar com as altas temperaturas do Brasil durante a Copa do Mundo. "Você sabe como a temperatura vai estar durante esse tempo? Se tiver o contato direto lá 'de cima', por favor, me passe", respondeu de forma nervosa à reportagem do ESPN.com.br o médico chefe da Fifa, Jiri Dvorak, neste sábado, em São Paulo.

Dvorak já havia mostrado desconforto ao falar sobre o assunto ‘calor' durante o evento organizado para discutir questões relativas à saúde durante o Mundial de 2014.
Inicialmente, o especialista citou sete partidas tidas pela Fifa como críticas durante a competição, todas marcadas no início da tarde e no Nordeste, onde diferentemente de sedes no Sul e Sudeste, os termômetros continuarão indicando números elevados no inverno.

São os jogos:
13/06 - 13h - Natal - México x Camarões
16/06 - 13h - Salvador - Alemanha x Portugal
20/06 - 13h - Recife - Itália x Costa Rica
24/06 - 13h - Natal - Itália x Uruguai
25/06 - 13h - Salvador - Bósnia x Irã
26/06 - 13h - Recife - Estados Unidos x Alemanha
29/06 - 13h - Fortaleza - Primeiro do B contra segundo do A

Como acontecerão à noite, os duelos de Manaus, cidade que assusta técnicos estrangeiros pelo clima quente e úmido, não seriam motivo de preocupação. "Considero que as condições climáticas não são tão desafiadoras quando dizem. Estive durante a Copa das Confederações em Manaus e comparei com outros lugares do mundo. Acho que estamos bem preparadors", declarou Dvorak.

Para estes sete confrontos, a estratégia é refrescar os atletas com toalhas geladas e bebidas frias e realizar uma parada técnica de até cinco minutos aos 30 minutos de cada um dos dois tempos das partidas.

Ao longo do evento deste sábado, contudo, o médico da Fifa disse também que cada caso será analisado previamente e que até uma hora antes dos jogos se determinará se algum cuidado especial terá que ser tomado para preservar as equipes.

"Quando chegar a hora vamos lidar com isso da maneira apropriada. Lidamos com isso em Pequim - na Olimpíada de 2008 -, que foi muito mais difícil. Esse eu não considero que seja um caso complicado", afirmou Dvorak sobre a Copa no Brasil.

Questionado sobre reclamações de espanhóis e italianos após o confronto das semifinais da Copa das Confederações de 2013, em Fortaleza, Dvorak deu de ombros. Os europeus deixaram o campo esgotados depois de 90 minutos de bola rolando, mais 30 de prorrogação, sem gols - a Espanha venceu nos pênaltis. "Ninguém veio reclamar com a Fifa."

Por Lucas Borges, de São Paulo (SP), para o ESPN.com.br- espn.com.br

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